quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Religião não é tudo

    O caso é que religião virou moda. Você se diverte, pinta o 7, tem uma época SUPER FELIZ, faz amigos, aí, de repente, você se decepciona com alguém (o que acontece em TODO lugar) e começa a se afastar de tudo e ir pra igreja. Aí passa a dizer pra todos os seus amigos (inclusive aqueles que te faziam bem) que aquilo é errado, que tudo o que vocês faziam juntos era coisa do capeta. Larga sua turma, vira piolho de bíblia, enfim, vive pra igreja. Mas não tá certo. Ninguém vive SÓ de Deus.
    Vamos analisar um caso de fanatismo religioso. Digamos, uma velhinha que more perto da sua casa. Vai todos os dias para a missa, reza um rosário por dia, participa de novena e vai pra casa de todo mundo com a santinha pra orar. Até aí tudo bem. Agora, olha qual é a fama dela por aí: "Ah, dona Maria é muito fofoqueira. Prende o neto dentro de casa, só deixa sair se for pra grupo de oração. Fala mal de todo mundo, acha que está sempre certa. Ô língua grande!". Não estou mentindo em dizer que quase toda 'dona maria' tem essa fama. Ela acha que igreja é tudo.
    Deus é importante, sim, cada um necessita de uma crença, ainda que essa seja na não existência dele. Mas acontece que, como tudo na vida, a gente tem que saber ordenar em nosso dia a dia. Não se pode simplesmente virar as costas a todo mundo que te fazia bem antes de entrar na igreja, e muito menos acreditar que as pessoas 'de Deus' não vão te decepcionar. Por experiência própria, eu sei que essas pessoas decepcionam até mais do que as 'do mundo'. A gente põe muita confiança de que lá as coisas são diferentes, mas são pessoas de carne e osso.
    Enfim, a minha opinião é que se saiba conciliar o bom do ruim em todo mundo que você se relaciona, dentro ou fora de denominações. E não seja uma dona Maria, que tem mente fechada. Tenha a mente aberta e aprenda a decidir quem é melhor pra sua vida.
    Ah, e antes que comecem a dizer que sou ateu, que prego o satanismo ou algo exagerado do tipo, eu peço: leia filosoficamente, porque, se você ler religiosamente, já vai começar a leitura com pedras na mão. E deixando bem claro: sim, acredito, confio e oro a Deus.

*agradecimentos à Gláucia Mantoan (@GlauciaMantoan), que me abriu algumas visões que a gente não enxerga quando escreve o texto.