sábado, 28 de agosto de 2010

Das verdades sobre o vício

      Nós, meros mortais, somos movidos a vícios. Alguns temporários, outros permanentes (voluntária ou involuntariamente). A questão é que a gente aprende que, sem alguma coisa pra se obcecar, é como se não aproveitássemos a juventude (ou o que resta dela).
       Vejamos o exemplo do cigarro; todo mundo já nasce sabendo que o cigarro vicia, que faz mal pra saúde, prejudica quem vive perto, causa sofrimento e etc e tal. Mas - pode perguntar pra qualquer um - a maioria dos fumantes se apegam ao cigarro assim mesmo, como uma forma de relaxar, ocupar um espaço de tempo. Um cigarro depois do seo, um cigarro depois da bebida, um cigarro depois da briga, um cigarro porque tá com insônia, um cigarro porque o time ganhou, outros dois porque o time perdeu e assim vai.
       Mas tem também aquele vício forçado, só por modinha. É o caso de muita gente viciada em compras, por exemplo. Vê na tv que tem gente viciada nisso e, automaticamente, já se diz dependente.
       Bem, adquirido ou não, o que cabe à gente é cuidar dos nossos vícios, porque sejam eles bons ou ruins, fazem parte do que somos e do que queremos ser. Anular uns, adquirir outros, o que importa é saber o que é bom.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Querem novamente o voto de cabresto

Quem foi que disse que a consciência política dos jovens tem mudado? Continua a mesma enrolação de sempre: candidato é meu amigo e trás muita festa boa, então eu voto nele. E quer nem saber de propostas, histórico e o resto tudo que a gente vê na televisão direto.
Volta e meia a gente encontra um que diz que vai votar em quem as ideias são mais afins, mas isso é raridade. Parece que querem o voto de cabresto outra vez: votar em padrinho ou ser despejado de casa.
Tanto se diz a todo momento sobre o projeto ficha limpa, mas nós estamos vendo que, na prática não adianta muita coisa. O que barra mesmo o candidato é a nossa capacidade de distinguir o certo do errado. Tem muito candidato aí (inclusive na nossa região, que eu não vou citar nomes para não dizerem que fico fazendo a cabeça contra) que já roubou muito e já cometeu muitos crimes, mas tudo em nome de laranjas e todo mundo finge que não sabe pra não perder as regalias.
Com os meios que temos hoje em dia, devíamos estar com uma consciência política muito mais avançada. O que não falta é ferramentas para pesquisar o passado de deputados, prefeitos, senadores e etc. Votar por afinidade é favor, não adianta nada.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Um coração de pedra não deixa de ser um coração.

Conformismo

    É engraçado como a gente tende a sempre levar as coisas pro "ah, perdi agora mas de outra vez eu ganho". E, mais ainda, as pessoas se acostumaram a confiar na sorte. Outro dia perguntei a uma amiga - que não me lembro agora quem é - algo sobre usar o dinheiro que eu tinha no bolso para comprar um lanche e matar minha fome ou usar para jogar na loteria, e ela respondeu: "jogar na loteria, lógico!". Esse é um retrato geral do que todo mundo pensa hoje em dia. Ninguém se preocupa tanto com o necessário, mas com o supérfluo, o idealizado (tome nota: o mundo atual vive de idealizações).
    Talvez estejamos vivendo não mais a geração coca-cola, mas, desta vez, a geração schincariol: sem gás e doce demais, inofensiva para as concorrentes.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A moral saiu de moda

Estive pensando sobre como a sociedade evolui. A população se revolta, muda tudo, se conforma, cansa, reclama, se revolta de novo e aí começa o mesmo ciclo. Mas parece que agora o povo se acomodou, só sabe reclamar e são poucos os que, de fato, fazem alguma coisa pra tentar mudar o que há de ruim. Se eu posso lutar por algum motivo que me trará bem, eu luto. Mas se vem um opositor e me oferece dinheiro pra ficar quieto, melhor pra mim.
Outro dia ouvi um comentário de Arnaldo Jabor falando sobre a banalização da moral: ninguém mais quer saber sobre corrupções, falcatruas, roubos e golpes políticos, a população se acostumou, tudo é normal. Aliás, nada imprevisível numa sociedade onde um cantor é mais valorizado do que um professor. Essa é mais uma quesão importante: hoje em dia, se nada der certo, o cara vira professor. E o futuro da educação só fica mais distante daquele mostrado nos comerciais do governo.
Ainda essa semana eu quero escrever sobre como as pessoas pensam que a consciência política dos jovens tem mudado e como, na realidade, ela só é a velha política do pão e circo camuflada.

Prólogo

O meu problema é não saber arriscar. Eu penso muito, vivo muito num passado que nem quero pra mim de volta. Aliás, essa é uma questão deplorável em minha vida: eu realmente não quero voltar a viver tudo aquilo outra vez?
Talvez dessa vez seja diferente, mas é uma chance de dar certo, assim como eu tive várias chances de ganhar na loteria e nunca ganhei. Eu sei que sentimento não é um jogo, mas talvez agora o que eu queira é jogar. Sentimentalismo até hoje só me fez sofrer, e o lema de toda vida é acabar com o sofrimento, ainda que isso seja apenas idealizado, já que ninguém um dia conseguiu parar de sofrer. Por experiência própria, eu sei que uma dor só acaba quando dá lugar a outra. Se eu me livro dessa, qual virá?
- Um café amargo e uma dose de sumiço, por favor!