domingo, 27 de maio de 2012

Mudar e crescer

Primeiro de tudo, quero dizer que estou muito relaxado com esse blog. Já faz uns meses que comprei um domínio e ainda não coloquei pra funcionar, além de não postar nada há um bom tempo. Prometo que vou me cobrar mais e continuar a escrever aqui.

Não sei até que ponto o coletivo interfere no individual, é incrível como as energias são contagiosas. Vivendo em uma moradia estudantil e convivendo 24h por dia sob a “guarda” da universidade, seja no campus ou na moradia, se torna impossível se desconectar das preocupações que as pessoas que estão à sua volta têm. Resultado: não consigo me concentrar em nada que eu tenha de fazer sozinho.

Ao mesmo tempo, reconheço que estou muito preocupado com o andar da carruagem nessa universidade. A desorganização chegou a um ponto caótico, não se tem uma estrutura razoável para quase nada: assistência estudantil, saúde, documentação, trâmites burocráticos etc. Tudo se resolve com contratos emergenciais, e assim vamos empurrando com a barriga. Nesse momento, o que mais precisamos é fortalecer o movimento estudantil e estabelecer um sistema legítimo de representação, especialmente aproveitando a oportunidade e tempo que a greve nos dá. Para isso, a união nas moradias é um passo fundamental para se mobilizar.

Entre os dois lados da moeda, eu tenho já a algum tempo muitíssima vontade de me mudar para um apartamento com meus amigos, seria uma possibilidade de me concentrar e cuidar melhor de mim, ao mesmo tempo que eu poderia continuar me mobilizando no movimento estudantil. Mas, quem entende e acredita em astrologia sabe: libriano não sabe se decidir sem se martirizar.

E assim estou eu: entre a cruz e a espada. Amanhã cedinho me mudo para o apartamento, mas continuo em dúvida se deixar para trás essa experiência da moradia estudantil, que foi uma das coisas que mais me fizeram amadurecer e crescer como pessoa, vai me fazer sentir melhor. Só tenho certeza de uma coisa: mudar é sempre bom, cortar as raízes antes que cresçam demais.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Para nossa alegria!


Que a internet é um meio rápido de propagação de informação, já estamos fartos de saber. Mas, essa semana, eu me espantei com tamanha rapidez da mídia (não só da web em si).
Estou falando do vídeo "Para nossa alegria". Um rapaz, uma moça e uma senhora (aparentemente mãe e filhos) gravam uma música gospel numa câmera digital . Absolutamente comum, não fosse os sorrisos forçados e o ataque de riso da menina, que deu o tom de comédia ao vídeo.

O vídeo foi lançado no dia 13 de março deste ano, estourou no youtube e, no dia 23 de março, o Marcelo Adnet e seus colegas da Mtv já lançaram ao ar  uma paródia do vídeo.

Nesta semana, já se vê dezenas de postagens no facebook usando a frase "para noooossa alegria". O mais impressionante, porém, é ver que, além dessa rapidez da Tv em aproveitar o hit, um site de camisetas chamado Chico Rei lançou uma camiseta EM MENOS DE UMA SEMANA com uma estampa relacionada ao vídeo.


Alguém ainda tem coragem de duvidar da força da internet?

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Qual sentido você dá à vida?

    Não estou com vontade de escrever poesia, ou fazer uma crítica sobre o descaso do governo com os pobres, nem sobre as maracutaias da universidade. Na verdade, não estou com vontade de escrever sobre nenhum tema específico. Sei lá, só me deu vontade de escrever.
    Hoje assisti pela segunda vez o filme Vanilla Sky. Confesso que, na primeira vez, eu cochilei e não entendi nadinha do que o filme queria dizer, mas dessa vez entendi tudo. Ou menos ainda do que antes. O ponto onde eu quero chegar é: a gente nunca tem certeza de coisa alguma, a vida não nos dá esse luxo. E justamente quando temos total certeza de algo, aí é que nos enganamos.
    O mundo, sozinho, não é nada. Cada pessoa dá um sentido, várias pessoas juntas dão um sentido mais amplo e isso faz o que conhecemos por "senso comum" ou, neste caso, o "sentido do mundo". Uma pessoa é louca por quê? As dissemelhanças com o comum a faz louca, o que não exclui o fato de que, numa outra perspectiva, ela não seja.
    Na realidade, não sei bem onde quero chegar. Já faz um bom tempo que não escrevo nada em nenhum lugar. Hoje, de repente, me deu essa vontade repentina de escrever, mesmo caindo de sono. Não estou me importando com concordância, coerência etc. É que, às vezes, o melhor desabafo é consigo mesmo: escrevendo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tormenta de Ideias


- Não faça ruído. Disse ele com medo de despertar sua consciência.Sentado ali, no escuro, com apenas a lua e as estrelas como companhia, tentava recuperar a sincronia de sua respiração que, por ora, estava ofegante.
 Havia poucos minutos que finalmente colocara o plano em ação, depois de dias formulando, conseguiu ludribriar seu reflexo no espelho, aquele que sempre o encarou de forma tão vigilante e compenetrada.
 - Ele não iria pensar nisso, iria?Eu iria?Está feito. - E, dito isso, se recostou um pouco mais na velha poltrona onde as traças constantemente se deliciavam.
 As horas passavam vagarosamente, e a adrenalina que antes fora a causa da respiração acelerada e fora de ordem, vai se dissipando; os efeitos se sobrepõe aos questionamentos desesperados e o dominam.Olhos fechados, o sono é demasiado para se manter nesse mundo; a realidade fica pra trás e os sonhos começam, agora estava em um lugar donde nunca mais sairia.
 Provavelmente os dois personagens coexistindo no mesmo corpo iriam brigar por muito tempo se o seu oposto descobrisse que uma das partes acabara de tomar dois frascos de um tarja preta qualquer, mas não havia o que descobrir, se não o matassem, os efeitos do remédio o manteriam em um coma irreversível.Era o que ele esperava ao planejar isso.
 Engano do suicída, no mesmo dia, mais cedo, os comprimidos de tais frascos haviam sido trocados por complexos vitamínicos.
 Cerca de 6 horas mais tarde, ao acordar, se veria mais uma vez decepcionado, o plano fora previsto, não conseguiu de novo.
 A lua e as estrelas não lhe faziam mais companhia. São seis horas da manhã, e os pássaros cantam.

Vinicius Maderi, Vinícius Agostini e Adryano Quegi

domingo, 21 de novembro de 2010

O preconceito que existe dentro da igreja

      Antigamente se acreditava que a igreja tinha o direito de punir os pecadores com penas tão severas que, em alguns casos, chegava até a tirar a vida. Com o passar do tempo, foram percebendo que isso estava errado (foi uma revolução pra época).
      Há centenas de anos a igreja condena a liberdade dos homossexuais. De certa forma, esse é um conceito insensato, visto que, até mesmo na própria bíblia, existem pecados que gradativamente 'deixaram' de ser proibidos, além do fato de a sexualidade da pessoa nascer com ela, e mesmo nos casos em que alguns indíviduos tentam lutar contra isso, acabam vivendo frustrados, reprimidos e, numa grande parte das vezes, podem até entrar em depressão.
      Minha opinião é que a igreja não pode enfrentar uma coisa que já nasce dentro de alguém e que não consegue ser simplesmente deixado de lado. Se você não é, pergunte a alguém que é homoafetivo se foi ele quem escolheu ser daquele jeito. A resposta, quase que unanimamente vai ser não. Ninguém quer para si uma sociedade que te repudia, que te trata como inferior e que aponta o dedo na sua cara pra dizer que Deus não gosta do jeito que você vive (mesmo que esse não tenha perguntado a Deus o que Ele pensa). 
      A igreja não precisa aceitar o casamento gay, mas esse pensamento de que a sexualidade é pecado, tá errado. Sou e sempre serei contra qualquer forma de preconceito, principalmente o preconceito induzido, esse que grandes líderes induzem seus seguidores a serem iguais na forma de julgar. Cada um tem a consciência do que é e do que pode ser pra encontrar a felicidade. 
      E para os que pensam que eu sou ateu, não, eu não sou. E eu vou à igreja mesmo discordando de muita coisa, mas tenho consciência que quando o padre fala, ele não manda, ele apenas expõe a opinião que ele e a igreja têm.
      Deus não precisa desse preconceito embutido, ele se faz acessível pra todo mundo, seja você homo, hetero, tran ou bissexual. Respeito existe pra se usar.